Autor: .JB Online
Fonte: http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/brasilia/2005/03/23/jorbrs20050323009.html
Comportamento estranho chamou a atenção dos fiéis
O pastor evangélico da Assembléia de Deus, Robério Rodrigues Almeida, 28 anos de idade, foi preso terça-feira à noite, no Gama, por abuso sexual de crianças. Ele foi condenado, no dia 24 de outubro de 2002, a nove anos de prisão pela Justiça do Ceará, o pastor estava foragido no DF. Ele teria sido flagrado cometendo felação (sexo oral) com uma criança de nove anos de idade, no município cearense de Sobral. Outras duas crianças, na mesma cidade, também teriam tido relações sexuais com o religioso.
Os agentes do Departamento de Polícia Especializada só chegaram ao pastor depois de uma série de denúncias anônimas, possivelmente feitas por evangélicos que suspeitaram do comportamento de Robério com as crianças, por onde passava no Gama.
- A suspeita é que pessoas próximas do pastor fizeram as denúncias. A coisa foi bem direcionada. Foram poucas as ligações, mas elas tinham muitos detalhes - afirmou o o delegado Amarildo Fernandes, do Departamento de Polícia Especializada (DEP), que recebeu os telefonemas um mês atrás.
Nos telefonemas, as pessoas reclamavam que o pastor Robério mantinha um contato muito próximo com as crianças. Segundo eles, chegava a ser estranho, pois a casa dele era muito freqüentada pelos menores.
Com base nessas informações, o DPE fez uma busca no sistema integrado e constatou que Robério era procurado e condenado pela Justiça por abuso sexual de menores.
O acusado, que é formado em teologia, filosofia e também já foi padre, alega inocência e afirma que a Justiça está sendo incorreta. Mas , segundo o delegado Amarildo, isso o religioso terá que provar na Justiça do Ceará.
- Nós não temos nada a ver com ele, só estamos esperando que a justiça do Ceará venha buscá-lo - explicou o delegado
Os fiéis das igrejas, nas quais o criminoso pregava, ainda não se manifestaram depois da prisão.
- Acho que eles ainda não sabem que o pastor foi preso. Imagino que a reação deles será de indignação - prevê o delegado Amarildo Fernandes, acrescentando que depois de cumprir um sexto da pena o condenado poderá conseguir a liberdade condicional.
