Autor: Agência Estado
Fonte: http://www.estadao.com.br/rss/mundo/2005/jan/07/82.htm
Filadélfia, EUA - Um membro notório da Ku Klux Klan foi detido em conexão com o assassinato, em 1964, de três voluntários encarregados de registrar eleitores negros no Mississippi, um dos últimos casos ainda sem solução da era da luta pelos direitos civis nos EUA. A história foi transformada no filme Mississippi em Chamas, de Alan Parker, em 1989. De acordo com o oficial de justiça do condado de Neswhoba, Larry Myers, Edgar Ray Killen foi preso em casa, sem oferecer resistência.
Myers afirmou que Killen, hoje um pastor evangélico com 79 anos, foi detido sob três acusações de assassinato. "Fomos até ele e o detivemos, porque é muito conhecido e sabíamos onde se encontrava", disse o oficial de Justiça. O júri de instrução considerou que existem provas suficientes para apresentar acusações pelos delitos, mesmo depois de 40 anos. Killen foi identificado durante testemunhos em audiências prévias.
O Estado do Mississippi tem tido êxito em reabrir casos de assassinatos ocorridos durante a luta pelos direitos civis. Em 1994 houve a condenação de Byron de la Beckwith pelo assassinato, em 1963, de Medgar Evers, secretário da NAACP, uma organização de defesa dos negros.
No entanto, até recentemente não havia tido êxito em apresentar casos sólidos de assassinato contra os suspeitos da Ku Klux Klan envolvidos na morte dos voluntários Chaney, Goodman e Schwerner.